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20 Músicas Sertanejas Antigas

As músicas sertanejas, hoje em dia, fazem muito sucesso, em especial, as que são pertencentes à vertente “universitária” do estilo. Mas, existe ainda aquele nicho da canção sertaneja que merece ser reverenciado e que começou tudo.

Atividades

Músicas Sertanejas Antigas

A chama música caipira é bem antiga, pra falar a verdade, e, algumas décadas atrás, transformou duplas como Tonico e Tinoco em grandes astros da música popular. A seguir, uma lista com 20 das melhores canções do estilo.

Caminheiro, de Sérgio Reis – Músicas Sertanejas Antigas

Sérgio Reis começou a sua carreira na Jovem Guarda, mas foi somente quando partiu para a vertente sertaneja que ele passou a fazer enorme sucesso como músicas como “Caminheiro”, por exemplo.

Músicas Sertanejas Antigas
Músicas Sertanejas Antigas

Vamos lá

Letra de Caminheiro, de Sérgio Reis

Caminheiro que lá vai indo
Pro rumo da minha terra
Por favor faça parada
Na casa branca da serra
Ali mora uma velhinha
Chorando um filho seu
Esta velha é minha mãe
E o seu filho sou eu

Vai caminheiro
leva esse recado meu

Por favor diga pra mãe
Zelar bem do que é meu
Cuidar bem do meu cavalo
Que o finado pai me deu
Do meu cachorro campeiro
Meu galo índio brigador
Minha velha espingarda
E o violão chorador

Vai caminheiro
Me faça esse favor

Caminheiro diga pra mãe
Para não se preocupar
Se Deus quiser este ano
Eu consigo me formar
Eu pegando meu diploma
Vou trazer ela pra cá
Mas se eu for mal nos estudos
Vou deixar tudo e volto pra lá

Oi caminheiro
Não esqueça de avisar

Composição: Noé Eustáquio Borges

Brigas, de Milionário e José Rico – Músicas Sertanejas Antigas

Apelidados de “as gargantas de ouro do Brasil”, Milionário e José Rico venderam cerca de 35 milhões de discos e se tornaram uma das principais duplas sertanejas da velha guarda, e entre tantos sucessos deles, está a música “Brigas”.

Letra de Brigas, de Milionário e José Rico

Veja só
Que tolice nós dois
Brigamos tanto assim
Se depois, vamos nós a sorrir
Trocar de bem enfim

Para que maltratarmos o amor
O amor não se maltrata não
Para que, se essa gente o que quer
É ver nossa separação

Brigo eu, você briga também
Por coisas tão banais, e o amor
Em momentos assim,
Morre um pouquinho mais

E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e você
Pois sem amor estamos sós, morremos nós.

Composição: Evaldo Gouveia / Jair Amorim

Adeus Mariana, de Tonico e Tinoco – Músicas Sertanejas Antigas

Esta aqui é considerada, por muitos, como a mais importante dupla sertaneja que o Brasil teve, servindo de influência para inúmeras outras que vieram depois. Um de seus maiores sucessos é “Adeus Mariana”.

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Letra de Adeus Mariana, de Tonico e Tinoco

Nasci lá na cidade, me casei na serra
Com minha Mariana, moça lá de fora
Um dia estranhei o carinho dela
Disse adeus Mariana, que eu já vou embora

É gaúcha de verdade, de Quatro Costados
Ela usa chapéu grande, bombacha e espora
Eu que estava vendo o caso complicado
Disse adeus Mariana que eu já vou embora

Nem rompeu o dia me tirou da cama
Encilhou o tordilho e saiu campo afora
Eu fiquei danado e saí dizendo
Adeus Mariana que eu já vou embora

Ela não disse nada, mas ficou cismando
Que era dessa vez que eu daria o fora
Pegou açoiteira e veio contra mim
Me larga Mariana que eu já vou embora

Ela ficou de zangada foi quebrando tudo
Pegou a minha roupa jogou porta afora
Eu fiz uma trouxa e saí dizendo
Adeus Mariana que eu já vou embora

Composição: Pedro Raymundo

Bicho De Sete Cabeças, de Geraldo Azevedo – Músicas Sertanejas Antigas

Geraldo Azevedo, mais conhecido por uma vertente mais direcionada à MPB como um todo, também já enveredou (e muito bem) para a música sertaneja na canção “Bicho de Sete Cabeças”.

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Letra de Bicho De Sete Cabeças, de Geraldo Azevedo

Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça cresça e desapareça

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé não tem cabeça
Não dá pé não é direito
Não foi nada eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de 7 cabeças
Bicho de 7 cabeças

Não dá pé não tem pé nem cabeça
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez
Desapareça
Bicho de sete cabeças, bicho de sete cabeças

Composição: Geraldo Azevedo.

Tocando Em Frente, de Almir Sater – Músicas Sertanejas Antigas

O violeiro Almir Sater já passou por diversos estilos, que vão do rock ao folk, passando, inclusive, pela música sertaneja, como bem atesta essa canção aqui, “Tocando em Frente”, um de seus maiores momentos.

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Letra de Tocando Em Frente, de Almir Sater

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Composição: Almir Sater / Renato Teixeira

Romaria, de Elis Regina – Letras de músicas sertanejas antigas para imprimir

A “Pimentinha”, uma das grandes vozes da MPB, Elis Regina, fez uma carreira musical tão rica que cabia até mesmo a música sertaneja em seu repertório, como a lindíssima “Romaria”, que se tornou um verdadeiro clássico.

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Letra de Romaria, de Elis Regina

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a sol

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Pra pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Composição: Renato Teixeira

A Majestade, O Sabiá, de Roberta Miranda – Músicas Sertanejas Antigas

A chamada “musa dos caminhoneiros” é uma das cantoras de maior prestígio no Brasil, com uma carreira bastante sólida, mostrando que música sertaneja também é coisa de mulher, sim. “A Majestade, O Sabiá”, é, sem dúvida, um de seus maiores sucessos.

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Letra de A Majestade, O Sabiá, de Roberta Miranda

Meus pensamentos tomam forma e eu viajo
Vou pra onde Deus quiser
Um vídeo-tape que dentro de mim retrata
Todo o meu inconsciente de maneira natural

Ah! Ah! Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá

Tô indo agora tomar banho de cascata
Quero adentrar nas matas onde Oxossi é o deus
Aqui eu vejo plantas lindas e cheirosas
Todas dando-me a passagem
Perfumando o corpo meu

Ah! Ah! Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá

Esta viagem dentro de mim foi tão linda
Vou voltar à realidade pra este mundo de Deus
É que o meu eu, este tão desconhecido
Jamais serei traído pois este mundo sou eu

Ah! Ah! Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá

Ah! Ah! Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá

Composição: Roberta Miranda

No Rancho Fundo, de Chitãozinho e Xororó – Músicas Sertanejas Antigas

Muitos consideram Chitãozinho e Xororó os responsáveis por abrir as portas das rádios FM’s para as duplas sertanejas. E, de fato, nos anos 80, não tinha pra ninguém, e o sucesso de músicas como “No Rancho Fundo” comprovam isso.

Letra de No Rancho Fundo, de Chitãozinho e Xororó

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade

No rancho fundo
De olhar triste e profundo
Um moreno canta as mágoas
Tendo os olhos rasos d’água

Pobre moreno que de noite no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo um cigarro por companheiro

Sem um aceno
Ele pega na viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal
Desse moreno

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia

Os arvoredos já não contam
Mais segredos
E a última palmeira
Já morreu na cordilheira

Os passarinhos
Internaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza
Enche de trevas a natureza

Tudo porque, só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno
Pra uma casa de sapê

Se Deus soubesse da tristeza lá serra
Mandaria lá pra cima
Todo o amor que há na terra

Porque o moreno
Vive louco de saudade
Só por causa do veneno
Das mulheres da cidade

Ele que era
O cantor da primavera
E que fez do rancho fundo
O céu melhor que tem no mundo

Se uma flor desabrocha
E o sol queima
A montanha vai gelando
Lembra o cheiro da morena

Composição: Ary Barroso / Lamartine Babo

Ipê Florido, de Liu e Léo – Músicas Sertanejas Antigas

Aqui, podemos dizer que o talento vem de berço, pois, Liu e Léo foram de uma família tradicional de cantadores, o que contribuiu bastante para que ingressassem na carreira artística. “Ipê Florido” é um de seus melhores momentos.

Letra de Ipê Florido, de Liu e Léo

Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria no
Segundo andar da penitenciária, lá na rua eu via quando
O jardineiro plantava um ipê, e ao correr dos dias
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofria

Meu ipê florido junto à minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós
Agora aqui dentro as noites não têm mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora!

Vejo em seu tronco cipó parasita te abraçando forte
Enquanto te abraça suga a tua seiva, te levando à morte
Assim foi comigo, ela me abraçava depois me traía
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia

Meu ipê florido junto à minha cela
Hoje tem altura de minha janela
Só uma diferença há entre nós
Agora aqui dentro as noites não têm mais aurora
Quanta claridade tem você lá fora!

Pedaço de minha vida, de Matogrosso e Mathias – Músicas Sertanejas Antigas

Matogrosso e Mathias têm a fama de serem a “dupla mais romântica” do país. Se é verdade ou não essa afirmação, certo mesmo é que composições como “Pedaço de minha vida” são atestados de bom gosto romântico.

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Letra de Pedaço de minha vida, de Matogrosso e Mathias

Quando eu estiver longe de ti
Ouça esta canção, querida
Que eu cantarei só pra você
É um pedacinho de minha vida

No rádio está tocando esta melodia
Que a ti eu ofereço de coração
Se eu estiver distante recordarás
Daqueles doces momentos terás saudade, muita solidão

Pedaço de minha vida
Razão do meu padecer
Serei sempre teu amor, querida
Se um dia nos separarmos
Jamais me esquecerás
Porque minha voz pra sempre ouvirás

Composição: Mathias / Nascimento

Pai João, de Tião Carreiro e Pardinho – Músicas Sertanejas Antigas

Além de uma dupla de grande prestígio nesse meio, Tião Carreiro e Pardinho também encenaram peças teatrais, de onde surgiram canções belíssimas, como, por exemplo, “Pai João”.

Letra de Pai João, de Tião Carreiro e Pardinho

Caminheiro quem passar naquela estrada
Vê uma cruz abandonada como quem vai pro sertão
Há muitos anos neste chão foi sepultado
Um preto velho e erado por nome de pai joão.

Pai joão na fazenda dos coqueiros
Foi destemido carreiro querido do seu patrão
Sua boiada o chibante e o brioso
No morro mais perigoso arrastava o carretão.

Numa tarde pai joão não esperava que a morte
Lhe rondava lá na curva do areião
E numa queda embaixo do carro caiu
Do mundo se despediu preto velho pai joão.

Caminheiro aquela cruz no caminho já contei
Tudo certinho a história de pai joão, resta saudade daquele tempo que foi
O velho carro de boi no fundo do mangueirão.

Composição: Lúcio Rodrigues De Souza / Tião Carreiro

Homem de Pedra, do Trio Parada Dura – Músicas Sertanejas Antigas

O Trio Parada Dura se consolidou como um dos grupos de maior sucesso no Brasil na década de 70, em especial, devido, às suas letras irreverentes e enigmáticas. Um de seus maiores sucessos sé “Home de Pedra”.

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Letra de Homem de Pedra, do Trio Parada Dura

Já fui um grão de areia, todos pisavam em mim
Agora resolvi tomar uma decisão
Não sou mais grão de areia, virei uma pedra bruta
De pedra transformei também o meu coração

De pedra muito dura fiz pra sempre meu destino
De aço construí minha imaginação
O pranto dos meus olhos para sempre envenenei
Pra matar seu orgulho e a sua traição

Sou um homem de pedra e não penso mais em nada
Foi o meu sofrimento que me fez ficar assim
Não amo mais ninguém e não quero ser amado
E agora desse jeito quero ver quem pisa em mim

Homem de pedra que não tem mais compaixão
Não tem alma não tem nada nem amor nem ilusão
E só assim silenciou meu sofrimento
Sou agora uma estátua sem abrigo no relento

Tentei te esquecer, de Matogrosso e Mathias – Músicas Sertanejas Antigas

Matogrosso e Mathias têm por mérito difundir a música sertaneja quando esta ainda não tinha muito espaço na mídia, o que veio a ajudar, posteriormente, muitas duplas que vieram nos próximos anos.

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Letra de Tentei te esquecer, de Matogrosso e Mathias

Ah como quero te encontrar novamente
Estou sozinho procurando você
Ah como quero te abraçar loucamente
Olhar dentro dos teus olhos e dizer…
Não vivo sem você

O tempo passa cai a noite,
O dia vem
Tento fingir mas não dá
Pra esconder
Ah eu sonhei nas noites vagas,
Com teu amor
Provei teu beijo, magoei
Minha dor

Tentei te esquecer, não deu
Pensei que fosse mais forte
Que esse amor
Ó minha paixão, sou teu
Por mais que eu queira
Disfarçar como estou
O meu coração,
Se nega aceitar
Passa o tempo eu não esqueço de te amar.

O tempo passa cai a noite,
O dia vem
Tento fingir mas não dá
Pra esconder
Ah eu sonhei nas noites vagas,
Com teu amor
Provei teu beijo, magoei
Minha dor

Tentei te esquecer, não deu
Pensei que fosse mais forte
Que esse amor
Ó minha paixão, sou teu
Por mais que eu queira
Disfarçar como estou
O meu coração,
Se nega aceitar
Passa o tempo eu não esqueço de te amar

Composição: Cruz Gago

Meu Primeiro Amor, de Cascatinha & Inhana – Músicas Sertanejas Antigas

Cascatinha e Inhana eram marido e esposa, e juntos, constituíram uma das mais importantes duplas sertanejas que o Brasil já teve, com sucessos como “Meu Primeiro Amor”, de 1952.

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Letra de Meu Primeiro Amor, de Cascatinha & Inhana

Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor
Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Seu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz deste sofredor
Que implora por seus carinhos
Só um pouquinho do seu amor
Meu primeiro amor
Tão cedo acabou
Só a dor deixou
Neste peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou
E logo morreu
Nesta solidão
Sem ter alegria
O que me alivia
São meus tristes ais
São prantos de dor
Que dos olhos caem
É porque bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei jamais.

Composição: Herminio Gimenez

Chalana, de Almir Sater – Músicas Sertanejas Antigas

Até meados de 1990, Almir Sater era relativamente conhecido, mas foi somente quando foi convidado para interpretar violeiros em novelas que ele passou a ser mais nacionalmente conhecido, o que ajudou bastante a sua carreira.

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Letra de Chalana, de Almir Sater

Lá vai uma chalana
Bem longe se vai
Navegando no remanso
Do rio Paraguai

Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor

Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor

E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo
Na curva lá do rio

E se ela vai magoada
Eu bem sei que tem razão
Fui ingrato, eu feri
O seu pobre coração

Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor

Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor

Composição: Arlindo Pinto / Mario Zan

Rio de Lágrimas, de Inezita Barroso – Músicas Sertanejas Antigas

Além de exímia cantora e instrumentistas, Inezita Barroso também ganhou o título de doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, o que atesta muito de seu talento para a música.

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Letra de Rio de Lágrimas, de Inezita Barroso

O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora

Lá no bairro onde eu moro
Só existe uma nascente
A nascente dos meus olhos
Já brotou água corrente
Pertinho da minha casa
Já formou uma lagoa
Com lágrimas dos meus olhos
Por causa de uma pessoa

Eu quero apanhar uma rosa
Minha mão já não alcança
Eu choro desesperado
Igualzinho a uma criança
Duvido alguém que não chore
Pela dor de uma saudade
Eu quero ver quem não chora
Quando ama de verdade

Composição: Piracy

Chico Mulato, de Raul Torres e João Pacífico – Músicas Sertanejas Antigas

Raul Torres e João Pacífico foram uma dupla que influenciou bastante esse estilo de música, antes de Tonico e Tinoco, o que, por si, já é um grande mérito. Entre os seus destaques está “Chico Mulato”.

Letra de Chico Mulato, de Raul Torres e João Pacífico

Na volta daquela estrada
Bem em frente uma encruzilhada
Todo ano a gente via
Lá no meio do terreiro
A imagem do padroeiro
São João da Freguesia
Do lado tinha a fogueira
Em redor a noite inteira
Tinha caboclo violeiro
E uma tal de Terezinha
Cabocla bem bonitinha
Sambava nesse terreiro
Era noite de São João
Estava tudo no serão
Estava Romão, o cantador
Quando foi de madrugada
Saiu com Tereza pra estrada
Talvez, confessar seu amor
Chico Mulato era o festeiro
Caboclo bom, violeiro
Sentiu frio seu coração
Rancou da cinta o punhal
E foi os dois encontrar
Era o rival, seu irmão
Hoje na volta da estrada
Em frente àquela encruzilhada
Ficou tão triste o sertão
Por causa de Terezinha
Essa tal de caboclinha
Nunca mais teve São João

Tapera de beira da estrada
Que vive assim descoberta
Por dentro não tem mais nada
Por isso ficou deserta
Morava Chico Mulato
O maió dos cantadô
Mas quando Chico foi embora
Na vila ninguém sambou
Morava Chico Mulato
O maió dos cantadô
A causa dessa tristeza
Sabida em todo lugar
Foi a cabocla Tereza
Com outro ela foi morar
E o Chico, acabrunhado
Largou então de cantar
Viva triste e calado
Querendo só se matar
E o Chico, acabrunhado
Largou então de cantar

Composição: João Pacífico / Raul Torres

Rei do Gado, de Tião Carreiro e Pardinho – Músicas Sertanejas Antigas

Pra muitos, a dupla Tião Carreiro e Pardinho foram os reais “inventores” do pagode, e hoje é inegável a sua influência em diversos gêneros populares por aí. “O Rei do Gado” é, sem duvide, um de seus ápices.

Letra de Rei do Gado, de Tião Carreiro e Pardinho

Num bar de Ribeirão Preto
Eu vi com meus olhos esta passagem
Quando champanha corria a rodo
No alto meio da grã-finagem
Nisto chegou um peão
Trazendo na testa o pó da viagem
Pro garçom ele pediu uma pinga
Que era pra rebater a friagem

Levantou um almofadinha e falou pro dono
Eu tenho má fé
Quando um caboclo que não se enxerga
Num lugar deste vem pôr os pés
Senhor que é o proprietário
Deve barrar a entrada de quarquer
E principarmente nessa ocasião
Que está presente o rei do café

Foi uma sarva de parma
Gritaram viva pro fazendeiro
Quem tem bilhões de pés de cafés
Por este rico chão brasileiro?
Sua safra é uma potência
Em nosso mercado e no estrangeiro
Portanto vejam que este ambiente
Não é pra quarquer tipo rampeiro

Com um modo bem cortês
Responde o peão pra rapaziada
Essa riqueza não me assusta
Topo em aposta quarquer parada
Cada pé desse café
Eu amarro um boi da minha invernada
E pra encerrar o assunto eu garanto
Que ainda me sobra uma boiada

Foi um silêncio profundo
O peão deixou o povo mais pasmado
Pagando a pinga com mil cruzeiro
Disse ao garçom pra guardar o trocado
Quem quiser meu endereço
Que não se faça de arrogado
É só chegar lá em Andradina
E perguntar pelo rei do gado

Composição: Teddy Vieira

Seresteiro da Lua, de Pedro Bento e Estrada – Músicas Sertanejas Antigas

Pedro Bento e Estrada, além da música em si, inovaram ao trazer para a sua arte roupas e acessórios típicos de rancheiras, algo que começaram a incorporar em seus shows ainda na década de 60.

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Letra de Seresteiro da Lua, de Pedro Bento e Estrada

Abre a janela oh querida
Venha ver o luar cor de prata
Venha ouvir o som deste meu pinho
Na canção de uma serenata
Sei que dormes sonhando com outro
Desprezando quem é teu amor
Quem tu amas de ti nem se lembra
Quem te quer você não dá valor

Só a Lua de mim tem piedade
Porque nunca me deixa sozinho
E não sabe fazer falsidade
Ilumina sempre meu caminho
E o sereno nas folhas da mata
Como o Sol vai caindo no chão
Vai sumindo como o nosso amor
Foi se embora no teu coração

Como as nuvens que passam depressa
Foi assim que passou nosso amor
Só te peço que nunca se esqueças
Tudo aquilo que você jurou
E quem falta com o juramento
Com o tempo vai se arrepender
Porque o mundo é uma grande escola
Pra ensinar quem não sabe viver

Fio de cabelo, de Chitãozinho e Xororó – Músicas Sertanejas Antigas

Não dá pra negar a influência de Chitãozinho e Xororó na música sertaneja, principalmente pelo fato de termos, hoje, centenas de duplas que remetem exatamente a eles. “Fio de Cabelo” é um clássico, com certeza.

Letra de Fio de cabelo, de Chitãozinho e Xororó

Quando a gente ama
Qualquer coisa serve para relembrar
Um vestido velho da mulher amada
Tem muito valor
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira
Mostrando que o quarto
Já foi o cenário de um grande amor

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

Quando a gente ama
E não vive junto da mulher amada
Uma coisa à toa
É um bom motivo pra gente chorar
Apagam-se as luzes ao chegar a hora
De ir para a cama
A gente começa a esperar por quem ama
Na impressão que ela venha se deitar

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

Composição: Darci Rossi / Marciano

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A música sertaneja é uma das vertentes mais populares hoje em dia, e muito disso deve-se ao esforço e talento de muitos artistas de décadas atrás, que pavimentaram o caminho para o que temos hoje. Gente que, certamente, merece reverência e respeito.

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