Hoje vamos conhecer a teoria de Karen Horney sobre os diferentes tipos de personalidade, envolvendo o conceito de ansiedade básica.
Karen Horney
Karen Horney, alemã, nasceu em 16/09/1885 e faleceu em Nova York, 04/12/1952. Psiquiatra e psicanalista, estudou as Necessidades e Tendências Neuróticas e desenvolveu outras teorias baseadas no conceito de ansiedade básica.

Atividades
O conceito de ansiedade básica
O conceito desenvolvido por Horney é chama-se a ansiedade básica; que é tudo o que pode vir a perturbar o status de segurança da criança em relação aos seus próprios pais. Isso faz com que a criança se encontre isolada e desamparada, num mundo potencialmente hostil e nada convidativo. A solidão muitas vezes é invasiva e causa a impotência, e estes sentimentos são os pais da neurose.
Quando alguém passa por essas situações, poderá reagir de diferentes maneiras, sendo elas:
- Dominação;
- Desrespeito;
- Indiferença;
- Comportamento imprevisível e falta de objetivos;
- Falta de admiração ou exagero;
- Insegurança;
- Injustiça;
- discriminação verbal;
- Comportamento hostil e/ou vingativo.
Todos estes comportamentos são mecanismos usados pelas crianças como “armas” contra o sentimento de desamparo e isolamento. Qualquer tipo de conduta pode se tornar habitual; isso significa que esses comportamentos são capazes de transformarem-se num grande impulso ou necessidade da própria personalidade individual.

Se esses mecanismos acabam se fixando na personalidade, então se tornam uma necessidade neurótica do indivíduo como forma de defesa contra sua própria ansiedade.
Necessidades básicas da criança: Karen Horney
Existem dez necessidades básicas para o ajustamento, que abordaremos agora:
Necessidade neurótica de aprovação e afeto
Necessidade neurótica de aprovação e afeto: desejo de satisfazer a outrem, de agradar, onde o indivíduo se torna um escravo da opinião alheia. O comportamento apresentado é um indício muito grande da rejeição ou da falta de amizades.
Necessidade neurótica de um parceiro no qual possa depender
Necessidade neurótica de um parceiro no qual possa depender: necessidade que promove o comportamento parasita, e por vezes, supervaloriza o amor, pois a pessoa tem muito medo de ser abandonado e de ficar só.
Necessidade neurótica de restringir a sua vida a círculos muito estreitos
Necessidade neurótica de restringir a sua vida a círculos muito estreitos: essa neurose incapacita a criação de exigências, a qualidade de fazer exigências; o que cria pessoas que se satisfazem com muito pouco. É comum indivíduos assim preferirem continuar anônimos.
Necessidade neurótica de poder
Necessidade neurótica de poder: o indivíduo possui um forte desejo pelo poder e nessa busca comete desrespeitos contra as outras pessoas.
Necessidade neurótica de exploração alheia
Necessidade neurótica de exploração alheia: a pessoa afetada gosta de tirar vantagem, pede favores de maneira comum e habitual; tornando o hábito de tirar vantagem alheia algo da própria personalidade.
Necessidade neurótica de prestígio
Necessidade neurótica de prestígio: a autoimagem é construída com base naquilo que as outras conhecem e pensam.
Necessidade neurótica de admissão pessoal
Necessidade neurótica de admissão pessoal: causa a extrema vaidade, além da busca por admiração (não como você realmente é, mas como pensa que seja).
Necessidade neurótica de realização pessoal
Necessidade neurótica de realização pessoal: deixa o indivíduo carregado de ambição, e para satisfazer-se, ele cria projetos cada vez maiores e mais ambiciosos; pois esta pessoa quer e precisa ser sempre a melhor.
Necessidade neurótica de autossuficiência e de independência dos outros
Necessidade neurótica de autossuficiência e de independência dos outros: essa neurose ocorre em pessoas muito desapontadas e que sentem um fracasso enorme em suas tentativas de manter relações afetivas saudáveis, calorosas e satisfatórias. A necessidade de independência transforma o sujeito em um lobo solitário.
Necessidade neurótica de perfeição
Necessidade neurótica de perfeição: traz o medo de cometer qualquer tipo de erro e de receber críticas, criando a necessidade constante da busca dos defeitos a fim de ocultá-los do público.
Além das necessidades, existem movimentos que o sujeito pode fazer:
- Aproximação do público;
- Afastamento;
- Ir contra os outros.
Fim
Karen Horney então trás para psicologia geral, e mais especificamente para psicanálise e psicologia da educação um caminho claro de compreender os processos de ansiedade da criança, seus diferentes comportamentos, gatilhos e movimentos.
Logo teremos novos post sobre o tema. Enquanto isso, sugiro nossos outros textos da linha de psicologia da educação:
- Teoria Comportamental: Behaviorismo
- Teorias da psicologia educacional
- Áreas da psicologia
- História da psicologia
- O que é psicologia da educação?
Abraço e por favor compartilhe esse post. Ele deu um super trabalho e será muito legal se outros educadores e curiosos tiverem acesso ao conteúdo.