O medo é um sentimento natural do ser humano que nos permite ter uma maior noção dos riscos que podem afetar, de uma maneira ou de outra, a nossa qualidade de vida. O medo faz parte do instinto de sobrevivência, por isso homens, mulheres, crianças e adultos apresentam alguns sintomas normais desse sentimento sempre que se sentem ameaçados com algo.
Na infância, esse sentimento é uma situação muito comum, já que a criança está crescendo e aprendendo a identificar os perigos que podem surgir a sua volta, desenvolvendo a capacidade de se proteger sempre que for necessário. Esse medo, entretanto, angustia os pais que, por sua vez, têm o instinto natural de ajudá-las e protegê-las.
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Cada idade das crianças representa um medo
Como a infância é uma fase de desenvolvimento físico e psicológico das crianças, é natural que ela apresente diferentes tipos de sensações e inseguranças em faixas etárias distintas. Conhecer quais são os medos comuns em cada fase da vida do seu filho é uma maneira de entendê-lo melhor para então ajudá-lo a diminuir os seus desconfortos. Veja os principais receios das crianças de até 6 anos:
- 1 ano: os pequenos nessa idade têm medo de pessoas, objetos e situações novas, já que eles ainda estão aprendendo a se situar em diferentes ambientes e a conviver com novas pessoas;
- 1 a 3 anos: nessa idade, o medo de pessoas fantasiadas e com máscaras é bem grande, já que essas vestimentas fogem do tradicional que é conhecido por eles;
- 3 a 5 anos: as crianças de 3 anos já tem noção do possível perigo de ficar sozinha e se perder, como também já começam a temer a presença de fantasmas e monstros no ambiente;
- 5 anos: nessa época, a criança começa a perceber que existem riscos em ambientes em que ela é deixada sozinha, como na escola e, por esse motivo, frequentemente apresenta medo de ser esquecida por seus pais.
Crianças com seis anos já têm bastante noção de como a violência e as doenças podem lhe oferecer risco de vida, por isso elas temem morrer e perder pessoas queridas. Nessa fase, o medo de ladrão e de violências urbanas também aumenta e também é uma maneira de trabalhar com a mensagem de decepção.
Abra o diálogo com seu filho
A melhor maneira de tratar o medo é abrir o diálogo com as crianças para que ele possa expressar tudo que está sentindo no momento. É através da conversa que os pais podem explicar o que oferece risco e o que não oferece.

A sinceridade é muito importante, e a compreensão também, já que alguns medos ainda podem ser considerados irracionais.
Apoie a criança a enfrentar o medo e evite analogias que estimulam o medo
Por mais difícil que possa parecer, as crianças não devem evitar certas situações ou lugares por causa do medo, especialmente se as ocasiões não oferecem nenhum risco para o pequeno.
Nessas horas, o apoio dos pais é fundamental para entender o que está causando o medo e ajudar a criança a enfrentar essa barreira. Esse suporte ajuda a criança a se sentir protegida, mas também mais corajosa para enfrentar seus próprios temores.
As tradicionais brincadeiras de infância podem estimular alguns medos na criança, como a do bicho papão, ou a do monstro que fica embaixo da cama ou dentro do armário. Evite fazer essas analogias com o seu filho! Essas atitudes funcionam muito mais como ameaças do que como brincadeiras na rotina dos pequenos.
Saiba buscar ajuda especializada
Um pai e uma mãe sabem identificar quando o medo do seu filho está se tornando uma situação de difícil controle. Nessas horas, conte com a ajuda de um profissional de psicologia que trabalhe com o público infantil.
Nunca hesite em procurar esse tipo de ajuda, pois ela pode ser fundamental para que a criança cresça saudável e sem traumas.
Sempre elogie uma atitude corajosa
Uma das melhores maneiras de ajudar a criança a combater o medo é saber estimular e elogiar uma atitude de coragem. Ele dormiu a noite inteira sem deixar a luz do corredor acessa? Mostre para seu filho que você se orgulhou dessa atitude!
Frequentou a escolinha pela primeira vez sem chorar? Você pode presenteá-lo com algo que gosta ou fazer uma de suas refeições favoritas no jantar para premiá-lo pelo esforço. Por isso, é importante escolher um bom presente para o dias das crianças para recompensá-las.
Apesar desse sentimento ser uma situação que faz parte do desenvolvimento psicológico e mental da criança, os pais devem estar atentos a esta questão, oferecendo conforto, apoio e segurança, sempre que julgarem necessário. Dessa maneira, a criança vai se sentir cada vez mais pronta para enfrentar os seus próprios desafios.