A Importância Dos Bichos De Pelúcia Na Infância

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“Sim, o Sr. nos fez perder um voo!”. Sempre que conto esse episódio das minhas férias, consigo identificar, de imediato, quais das pessoas presentes na conversa são pais. Esses dão gargalhadas ou um leve sorriso complementado por uma feição de solidariedade. A reação deles é simples, somente pais entendem que não adiantaria pegar o avião sem o bicho de pelúcia favorito do filho, haveria choro, falta de sono e recusa para comer, durante todo o passeio.

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Hoje, é engraçado lembrar disso, mas na época, essa ligação que meu filho tinha com um objeto me deixava um pouco assustada. Conversei com algumas amigas e acabei descobrindo que era um fenômeno normal, o apego com os chamados objetos transicionais. Entretanto, fiquei com algumas dúvidas, como: quando seria a hora de incentivá-lo a abandonar os bichos de pelúcia? Tem mesmo hora certa?

Quando tive meu segundo filho, outra dúvida surgiu: será que deveria direcioná-lo na escolha de um objeto, um brinquedo pedagógico, por exemplo? E foi em uma consulta pediátrica que descobri algumas respostas. Imaginando que muitas mamães passam por essas mesmas experiências, resolvi compartilhar as respostas que obtive. Vamos lá?

A importância dos bichos de pelúcia

Como eu disse, inicialmente, descobri que esse tipo de apego era um fenômeno comum, mas não entendia qual era a sua importância. Foi quando, em uma consulta pediátrica, (na qual, obviamente, o Sr. Batata estava presente), eu abordei o assunto e o médico, que também é um amigo de anos, me deu algumas explicações:

A Importância Dos Bichos De Pelúcia
A Importância Dos Bichos De Pelúcia
  • Durante a infância, a criança experimenta uma gradual separação da mãe (a saída do útero, a perda do colo, da atenção integral, ida para a escola, etc). Nesse momento, o bicho de pelúcia – ou outros objetos transicionais – proporciona certo aconchego. Ele não é a mãe, mas também não é apenas bicho de pelúcia na cabeça da criança. Ele se torna alvo do seu apego.
  • Bichos de pelúcia, como o Sr. Batata, cobertores amados ou roupas adoradas, podem servir como fonte de conforto em momentos de estresse, tais como: uma consulta médica, os primeiros dias na escola, etc.

Nas palavras do pediatra tudo se resumiria à: o Sr. Batata é a ponte que seu filho criou entre você e o mundo externo.

Quando devemos dar os bichos de pelúcia?

Resolvi perguntar se eu deveria presentear meu segundo filho com um brinquedo mais pedagógico. Assim, eu poderia ajudá-lo a passar por essa fase e, de forma complementar, incentivar seu desenvolvimento.

Quando devemos dar os bichos de pelúcia
Quando devemos dar os bichos de pelúcia

Depois de uma gargalhada, ele me disse que brinquedos pedagógicos são muito recomendados para o desenvolvimento infantil. Porém, quando assunto é sobre objeto transicional, não há como direcionar os filhos a nada.

Ele me contou que diariamente recebe crianças acompanhadas por travesseiros inseparáveis, ursinhos (completamente destroçados) insubstituíveis, cobertores amados e diversos outros tipos de objetos.

Talvez os ursinhos sejam os campeões porque são os objetos mais abundantes ao redor das crianças, mas, segundo ele, não há como prever o que a criança irá direcionar seu afeto.

Quando é a hora de deixar os bichinhos?

Nossa conversa continuou e também me explicou que não existe um limite de idade para abandonar o objeto transicional. Entretanto, a criança pode ser importunada na escola, por exemplo, por ainda andar com um ursinho de pelúcia. Então, segundo ele, deveríamos apenas ficar atentos.

Ele lembrou que o objeto deverá servir apenas como uma ponte. Ou seja, espera-se que, com o passar dos anos, a criança consiga lidar com seus sentimentos de forma saudável, compartilhando-os com outras pessoas e que os bichos de pelúcia se tornem apenas uma fofura para ficar na memória!

Gostou do texto e quer cercar seu filho de bichos de pelúcia fofos? Deixe um comentário.

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